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segunda-feira, 28 de maio de 2012

A montanha e o rio.



Sinopse - A Montanha e o Rio - Da chen

No auge da Revolução Cultural chinesa, Ding Long, um jovem e poderoso general, gera dois filhos. Um deles, legítimo. O outro, nascido de uma jovem camponesa que se atira do alto de uma montanha pouco depois do parto. Tan cresce em Beijing, cercado de luxo, carinho e conforto, ao passo que Shento é criado nas montanhas por um velho curandeiro e sua esposa, até que a morte do casal o leva a um orfanato onde passa a viver sozinho, assustado e faminto. Separados pela distância e pelas condições de vida, Tan e Shento são dois estranhos, que crescem ignorando a existência um do outro. A montanha e o rio narra a saga desses dois irmãos que trilham caminhos distintos, mas cujas vidas se encontram quando se mesclam aos acontecimentos que marcam a história política e social da China no final do século XX. 

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O livro começa assim:

Shento - Capitulo 1

1960 - Balan, Sudoeste da China.


PARA CONTAR A HISTÓRIA  do meu nascimento, não vou começar pelo inicio, mas pelo fim do meu começo. Para falar a verdade, nasci duas vezes. A primeira foi quando rasguei a passagem escura das entranhas da minha mãe. A segunda foi quando o velho curandeiro da aldeia me salvou.
A jovem que me deu a luz pretendia acabar com tudo, não apenas com sua vida, mas também com a minha, no exato momento da minha chegada a este mundo. Tinha pressa em se atirar de um penhasco que ficava no topo do monte Balan, mas eu fui mais rápido que suas pernas inchadas e escapei de seu ventre bem no momento que avançara para beira daquele precipício fatídico. As pessoas da alfdeia tentariam imaginar o que teria levado a isso, transformando-se numa espécie de mito ao saltar do ponto mais alto da montanha comigo ainda ligado a ela pelo cordao da vida, o emanharado cordão umbilical.
Pulei para fora antes que ela se atirasse no abismo, nasci em pleno ar, pairando acima de tudo. Posso imagina-la lançando-se daquele penhasco escarpado como uma águia planando em direção ao solo, liberta de seu ninho, de suas amarras, de seus pecados, em seu lamento final, para ser esquecida pelo vento que fazia esvoaçar seu cabelo viçoso de moça, enquanto se arremessava precipicio abaixo.  Nós dois, anjos geminados e sem asas, caimos em queda livre. Mas o impensável aconteceu. A mão do destino interveio. Eu, o recém-nascido choroso, caindo no rastro de minha mãe pela encosta do penhasaco coberto de trepadeiras, fiquei subtamente agarrado aos galhos de  um arbusto de chá que crescia na entrada de uma gruta.
Em câmera lenta, num segundo que poderia ter durado uma vida inteira, rompeu-se o cordão umbilical. Apanhado por dois galhos felxíveis, soltei um grito assustador - minha ode ao vigoroso e resistente arbusto de chá. Minha mãe - o anjo de meu nascimento, de minha morte -  e eu nos sepaqramos em pleno ar, com o sangue jorrando por todos os lados, espingando nas folhas. Fiquei balançando, supenso nas alturas, preso nos galhos daquela planta abençoada. (...)

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Arquitetura digital


O icônico projeto do Yas Viceroy Hotel, em Abu Dabi, tem cobertura em grelha que funciona como grande luminária
O icônico projeto do Yas Viceroy Hotel, em Abu Dabi, tem cobertura em grelha que funciona como grande luminária
Foto: YAS VICEROY HOTEL
Arquitetos trocam desenho pela nuvem
Há tempos que a disputa Macintosh x PC saiu do foco do desenho de arquitetura. Na última década, disseminaram-se aplicativos para ambos os sistemas operacionais, que possibilitam a modelagem tridimensional do projeto arquitetônico e a sua associação ao ambiente BIM - sigla em inglês para Modelo de Informação do Edifício, que é a conectividade em tempo real de todos os elementos da arquitetura e desta com os sistemas, engenharia e fabricação. Mais do que uma questão estilística, trata-se do papel da arquitetura digital no perfil do arquiteto deste século.
O primeiro escalão da arquitetura mundial está de olho no Brasil. Dia a dia vão se confirmando, no Rio de Janeiro, em São Paulo e outras capitais brasileiras, projetos de Herzog & De Meuron, Norman Foster, Santiago Calatrava, Diller Scofidio + Renfro, sem contar as investidas ainda em curso de outros arquitetos estrangeiros no país.
Para Phillip Bernstein, vice-presidente de assuntos estratégicos da Autodesk - empresa que roda o mundo estudando a mecânica de trabalho desses profissionais -, o sinal é de tensão no ar. Ele visualiza o iminente choque da cultura arquitetônica brasileira com a dos Estados Unidos e da Europa.
Bernstein se refere ao íntimo envolvimento dos arquitetos estrangeiros com a construção de suas propostas, enquanto no Brasil, ele analisa, é um erro que o papel desse profissional se restrinja habitualmente aos projetos arquitetônico e executivo. “Como é que se garante a construção dos seus projetos?”, questiona.
A torre tem textura intrincada, decorrente da combinação de três tipos de painéis
A torre tem textura intrincada, decorrente da combinação de três tipos de painéis - Foto: DAVID SUNDBERG/ESTO
Skyline do Lower Manhattan, junto ao rio Hudson, com a presença da Beekman Tower no centro
Skyline do Lower Manhattan, junto ao rio Hudson, com a presença da Beekman Tower no centro - Foto: DBOX
Para o executivo da Autodesk, encontramo-nos frente à difícil tarefa de repensar o desenho, bidimensional e fragmentado, como meio primordial de comunicação do arquiteto com a indústria da construção, um assunto já amplamente debatido no exterior na última década.
Trata-se da modelagem digital da arquitetura através de softwares de desenho tridimensional e de sua associação ao ambiente BIM.
Ou seja, da interação em tempo real de todas as ações feitas em qualquer dos elementos da edificação, assim como da conectividade da arquitetura com o sistema global da construção: infraestrutura, engenharia, sistemas, fabricação.
Para Bernstein, que aponta o desenho em nuvem - a disponibilidade de softwares de desenho e gestão da arquitetura pela internet - como o tema da vez, a arquitetura digital tem impactado a formação da nova geração de arquitetos.
“Leciono há dez anos na Yale [School of Architecture] e percebo que, nesse período, mais do que dobrou a quantidade de modelos, físicos e digitais, que os alunos produzem.
Essa nova geração está apta a experimentar mais e a agir ativamente no planejamento da construção dos seus projetos”, ele arremata.
O revestimento externo confere caráter escultural ao projeto, associando painéis retos e curvos
O revestimento externo confere caráter escultural ao projeto, associando painéis retos e curvos - Foto: DBOX
A vista de Manhattan a partir de um terraço da Beekman Tower
A vista de Manhattan a partir de um terraço da Beekman Tower - Foto: DBOX
O caso Beekman Tower
Também entre os veteranos da arquitetura mundial a criação digital continua dando o que falar. Frank Gehry, pioneiro e um dos mais notáveis entusiastas do assunto, lançou mão desse recurso a fim de viabilizar a construção da Beekman Tower, um edifício de 78 andares e mais de 900 apartamentos, inaugurado em novembro e localizado em Manhattan, próximo da ponte do Brooklyn.
Gehry utilizou o Digital Project, software que ele mesmo formatou em 1992 para projetar a escultura em forma de peixe que adorna a zona portuária de Barcelona.
O software foi aperfeiçoado em 1997, em meio ao desenho da fachada de titânio do Museu Guggenheim de Bilbao, e, em 2002, aberto para a comercialização, com a criação da empresa Gehry Technologies, que presta consultoria de BIM, comercializa o produto e capacita arquitetos a trabalharem com o Digital Project.
O plano original era setorizar a Beekman Tower, que tem desenho escalonado, para aluguel das unidades de base e venda das localizadas no gomo superior do edifício.
Mas a crise econômica que os Estados Unidos amargam desde 2008 reconfigurou o empreendimento, que foi totalmente destinado à locação.
O projeto se viu, então, diante de uma encruzilhada envolvendo a redução de custo e a integridade da expressão arquitetônica, marcada pela interessante textura da pele que reveste a edificação.
Nesse ponto, explica Craig Webb, sócio de Gehry, já se tinham abandonado os rebuscados estudos volumétricos iniciais - foi feita mais de meia centena de modelos físicos na escala 1:500, a proporção de todas as primeiras maquetes dos projetos de Gehry - em favor da aparência sólida da edificação.
Ou seja, da nítida demarcação das suas arestas verticais, pois “morar na mais alta torre de Nova York depois do 11 de setembro requer alguma noção de segurança, de estabilidade”, ele explica.
Esboços de Frank Gehry
Esboços de Frank Gehry
A fachada retorcida personaliza os apartamentos, cada qual com a sua disposição de janelas
A fachada retorcida personaliza os apartamentos, cada qual com a sua disposição de janelas - Foto: DBOX

Parte dos modelos 1:500 produzidos no escritório de Gehry na fase de concepção da volumetria - Foto: GEHRY PARTNERS
Por outro lado, a forma em T foi a mais propícia entre as estudadas pelo time de arquitetos para a torre, porque disponibiliza o maior número de apartamentos de canto.
Setorização da torre
Setorização da torre - Imagem: GEHRY PARTNERS, LLP
“Janelas em quina são mais interessantes, geram melhores vistas”, salienta Webb.

De qualquer modo, o maior impacto para a viabilização econômica do projeto de Gehry era o custo da fachada, composta por três tipos de painéis de aço inoxidável: reto (junto às janelas e arestas da edificação), de curvatura suave e de curva acentuada, listados em ordem crescente de custos de fabricação e montagem.

O diálogo sistemático da arquitetura com o fabricante e com o empreendedor através dos programas de modelagem digital e gerenciamento BIM acabou por garantir a integridade da textura do desenho de Gehry, compondo-se a fachada com 10% de painéis de curvatura acentuada, 40% de curvatura suave e os demais planos.

Uma aparência rebuscada pelo preço de um edifício tradicional, em forma de caixa, arremata Webb.

Modelo 1:1 para estudo de um tipo de composição da fachada - Foto: GEHRY PARTNERS
A disposição em escamas dos mais de 5 mil painéis de vidro da cobertura contou com a tecnologia BIM de projeto e gestão da obra
A disposição em escamas dos mais de 5 mil painéis de vidro da cobertura contou com a tecnologia BIM de projeto e gestão da obra
Foto: YAS VICEROY HOTEL
Artista do século 21
A Beekman Tower faz pensar no papel do arquiteto do século 21. Quanto mais ferramentas digitais houver para a visualização, experimentação e intervenção no sistema global da construção, mais responsabilidades se agregam ao trabalho do profissional.
Para Bernstein, chegou ao fim a era da representação arquitetônica renascentista, composta pelos desenhos isolados de planta, corte e vistas.
“A criação nunca perderá a ligação com o mundo físico, com os esboços e maquetes reais, mas há uma nova sensibilidade sobre como traduzir o desenho em artefatos construtivos”, ele analisa.
“Mas se ainda assim os arquitetos quiserem se manter no pedestal do artista escultor, vão ter que deixar a cargo dos construtores as decisões de obra. Acho uma pena, que seja assim, porque é a obra construída que comunica a cultura do projeto.”
Nesse sentido, Denis Shelden, diretor da Gehry Technologies - que há alguns anos passou a trabalhar também em parcerias com arquitetos do calibre de Zaha Hadid, Herzog & De Meuron e do escritório Asymptote, de Nova York, prestando consultoria de modelagem BIM -, salienta que há diferenças geográficas da cultura da construção.
O que não é necessariamente um fato negativo, já que “Gehry fez o que fez em Bilbao porque ninguém pensava que não poderia ser feito”, ele analisa.
O projeto faz parte do complexo da Yas Marina e tem acesso direto ao mar
O projeto faz parte do complexo da Yas Marina e tem acesso direto ao mar

A grelha, misto de metal e vidro, recobre, com seu desenho orgânico, a implantação em T do hotel
Foto: BJORN MOEEMAN/CORTESIA ASYMPTOTE
Em sua opinião, assim, outra vantagem do desenho tridimensional e da parametrização da arquitetura (agregar informações aos modelos 3D) é reverter o “controle de cima para baixo do processo, em que uma pessoa apenas toma decisões e os outros a seguem”. Pelo contrário, tornou-se viável a incorporação da cultura construtiva local aos projetos de grande escala.
Uma das obras-primas arquitetônicas em que Shelden gerenciou o sistema BIM recentemente é um hotel concebido pela equipe de Hani Rashid e Lise Anne Couture, do escritório Asymptote, para a Yas Marina de Abu Dabi.
Denominado Yas Viceroy Hotel, trata-se de uma construção predominantemente horizontal e com implantação em forma de T (como o projeto de Gehry), em meio à qual passa um trecho da pista do circuito local do Grande Prêmio de Fórmula 1. As duas alas do hotel estão conectadas por passarela suspensa sobre a pista de corrida.
Além da complicada infraestrutura e serviços de um hotel de luxo, com 500 quartos e 12 restaurantes, a edificação demandou um requintado sistema de planejamento, orçamento e condução da obra, sobretudo no que diz respeito à casca em forma de grelha que recobre e interliga visualmente os dois blocos da edificação, feita com mais de 5 mil peças de vidro em forma de losango.
O desenho orgânico da cobertura faz com que cada módulo de vidro tenha angulações específicas para se ajustar à casca, demanda que esteve sob o gerenciamento da plataforma BIM.
A etapa Abu Dabi do Grande Prêmio de Fórmula 1 passa em meio ao hotel
A etapa Abu Dabi do Grande Prêmio de Fórmula 1 passa em meio ao hotel
O mesmo vale para os pilares em V de sustentação da cobertura, independentes da estrutura principal do edifício, dimensionados e implantados segundo as análises digitais de carregamento da casca de metal e vidro. Resultaram pilares delgados e dispersos assimetricamente em torno do hotel.

O que acomoda o vidro à malha são conectores circulares, como amortecedores, que terminam ainda em luminárias de led.


Texto de Evelise Grunow
Publicada originalmente em PROJETODESIGN
Edição 383 Janeiro de 2012
As luminárias acopladas à cobertura podem mudar completamente, com a cor, a aparência do hotel
As luminárias acopladas à cobertura podem mudar completamente, com a cor, a aparência do hotel

O lobby e a recepção são ambientes etéreos, caracterizados pelo desenho orgânico do mobiliário e pela cor branca dos revestimentos

Instituto tecnológico, Belém


Instituto tecnológico, Belém



Palafita da tecnologia segue o ritmo das águas
Organização sem fins lucrativos constituída pela Vale, a maior empresa privada da América Latina, o Instituto Tecnológico Vale (ITV) terá sua base paraense implantada a partir de projeto de autoria do arquiteto Paulo Mendes da Rocha (FAU/Mackenzie, 1954) em conjunto com o escritório Piratininga Arquitetos.
Suspensa sobre o rio Guamá, a edificação está sendo construída no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá, próximo da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).
Em 2009, ao criar o ITV, a Vale informou que o instituto deveria tornar-se polo gerador e difusor de conhecimento tecnológico. Em meados do ano passado, o plano da empresa era implantar três desses centros, em Minas Gerais (dedicado à mineração), São Paulo (orientado para energia) e Pará (voltado ao desenvolvimento sustentável).
Até 2013, segundo a mineradora, seriam investidos 500 milhões de reais nas unidades. No polo de Belém, cuja licença ambiental para a construção foi concedida em novembro de 2011, devem trabalhar até 400 pessoas, cerca de 50 delas pesquisadores com doutorado e pós-doutorado.
O projeto na capital paraense incorpora técnicas associadas à sustentabilidade, como, por exemplo, o reúso de água e a redução do consumo de energia.
Um de seus aspectos mais significativos, porém, resulta da percepção que os autores tiveram do movimento das águas do rio Guamá, à margem do qual o ITV se situa.
As construções ribeirinhas do tipo palafita indicaram aos arquitetos a melhor forma de implantar o conjunto - à assessoria de comunicação da Vale, Mendes da Rocha observou que o projeto submete-se ao fenômeno das águas que sobem e invadem áreas de floresta.
A edificação foi concebida com componentes metálicos. “As estruturas de aço ficarão suspensas, numa construção a seco, e poderão ser transportadas pela estrada já em peças claramente configuradas, industrializadas, sem necessidade de técnicas tradicionais de edificação, envolvendo o consumo de água, pedra e cimento”, discorreu o arquiteto.
O corpo da edificação ficará elevado sobre o Guamá, interferindo minimamente no meio ambiente local, em reconhecimento ao regime hídrico. “Com essa implantação, todo o recinto se transformará em um peculiar museu de preservação ambiental”, previu Mendes da Rocha.
O arquiteto compara a solução estrutural a um convés de navio que, em vez de flutuar na água, fica suspenso no ar.
Além do bloco reservado a pesquisas e estudos - “um edifício longilíneo, com eixo na direção norte-sul”, descreve o arquiteto José Armênio de Brito Cruz (FAU/USP, 1984), responsável pelo projeto no escritório Piratininga, do qual é um dos sócios -, o ITV contará com um prédio de estacionamento, cujos andares mais elevados serão reservados para instalações administrativas da mineradora.
A premissa dos autores foi que a construção tocasse o solo o mínimo possível: são 14 pares de pilares dispostos a cada 20 metros; de lado a lado o vão é de 30 metros, com balanços de dez metros.

Os autores previram um andar técnico para receber as instalações que chegam às áreas de ensino e pesquisa por shafts verticais. A previsão da Vale é inaugurar o ITV em 2014.

Texto de Adilson Melendez
Publicada originalmente em PROJETODESIGN
Edição 384 Fevereiro de 2012

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Casa contêiner, San Antonio, Texas, EUA


Os arquitetos do estúdio Poteet Architects são os autores desta casa de hóspedes executada dentro de um contêiner de carga

O contêiner de carga virou a casa
de hóspedes
Reconhecidos nos Estados Unidos por realizarem projetos de retrofit e de recuperação de edifícios desocupados, os arquitetos do estúdio Poteet Architects são os autores desta casa de hóspedesexecutada dentro de um contêiner de carga.
Com sua cor original preservada, o módulo ganhouportas de correr, janelas, um sistema de calefaçãoe ar condicionado, além de instalações hidráulicas e elétricas, e de uma cobertura saliente que cria um terraço frontal e um pátio traseiro dedicado à jardinagem.
A cliente é uma artista plástica que escolheu essa solução porque os contêineres são um recurso barato e fácil de encontrar nos portos norte-americanos, já que as transportadoras marítimas preferem abandoná-los em seus destinos do que recolhê-los vazios.
Ela mora em um terreno de grandes proporções localizado em bairro industrial da cidade de San Antonio, no Texas, EUA, e solicitou que a pequena habitação contasse com grandes aberturas para o jardim e soluções que reduzissem o impacto ambiental da obra e do uso pós-ocupação.
O contêiner, então, foi alocado à margem da via que corta o lote e leva à residência principal, a fim de garantir privacidade a seus usuários e proximidade com os principais canteiros do jardim.
O módulo ganhou portas de correr, janelas, calefação e ar condicionado, instalações hidráulicas e elétricas
A cobertura saliente cria um terraço frontal e um pátio traseiro dedicado a atividades de jardinagem
O teto verde, que se expande para frente e para trás do contêiner, teto, é isolado
 no interior através de espuma em aerosol forrada com bambú, mesma madeira
 usada na vedação das paredes e do piso
Para o interior da habitação, os arquitetos optaram por uma planta onde o banheiro central separa o depósito da sala/dormitório. A solução atende ao programa estipulado pela artista plástica, que inicialmente não queria que o local contasse com cozinha, a fim de garantir o espírito comunitário da propriedade.
A simplicidade da planta, porém, contrapõe-se àengenhosidade das soluções construtivas. Um exemplo é o teto verde, que se expande para frente e para trás do contêiner. A área útil conquistada na parte traseira é ideal para as atividades de jardinagem, enquanto a sombra gerada no terraço frontal amplia seu uso durante o dia.
Sobre essa cobertura, uma estrutura de aço preenchida com garrafas recicladas forma uma espécie de almofada, cuja função se divide entre suporte para plantas e base para os equipamentos de entrada do ar condicionado tipo split.
Esse mesmo teto, no interior do contêiner, é isolado através de espuma em aerosol forrada com bambú, mesma madeira usada na vedação das paredes de drywall e do piso. Entre o contêiner e o solo, foram usados antigos postes de rua, adaptados como base com função isolante.
água residual dos lavatórios e da ducha do banheiro, por sua vez, é coletada e reutilizada na irrigação das plantas do teto. Já as luminárias externas do terraço e do espaço de jardinagem foram feitas a partir de discos de arado retiradas de um trator, veículo comum nas zonas rurais do Texas.
A água residual dos lavatórios e da ducha do banheiro são coletadas e reutilizadas na irrigação das plantas do teto
Os arquitetos optaram por uma planta onde o banheiro central separa o depósito 
da sala/dormitório
O resultado do projeto, concluído no final de 2010,agradou tanto a proprietária que a casa não é usada apenas pelos hóspedes.


“Ela realiza jantares no terraço e passou a ocupar seu interior como casa de veraneio, ateliê de arte, salão de jogos, ou seja, transformou o contêiner em um anexo da casa principal”, revela Jim Poteet, arquiteto responsável pelo projeto.


Texto de Fabio de Paula
Publicada originalmente no ARCOWEB
Abril de 2011
Artista plástica, a cliente solicitou que a pequena habitação contasse com grandes aberturas para o jardim
A área útil conquistada na parte traseira é ideal para as atividades de jardinagem,
 enquanto a sombra gerada no terraço frontal amplia seu uso durante o dia
As luminárias externas do terraço e do espaço de jardinagem foram feitas a partir de discos de arado retiradas de um trator
Entre o contêiner e o solo, foram usados antigos postes de rua, adaptados como base com função isolante
Sobre a cobertura, uma estrutura de aço com garrafas recicladas forma uma 
almofada, cuja função se divide entre suporte para plantas e base para os 
equipamentos do ar condicionado

terça-feira, 22 de maio de 2012

ATITUDES VENCEDORAS! - VOCÊ É SUA PRÓPRIA CHEFE


  • Como se tornar uma mulher mais tranquila, alegre e brilhante
  • Exercícios simples para restaurar a calma em minutos
  • Como lidar com pessoas e situações difíceis

CAPITULO 1

PEQUENAS MUDANÇAS FAZEM UMA GRANDE DIFERENÇA!
Quantas de nós estamos permitindo que as circunstancias ou que outras pessoas definam os planos de nossas vidas para que, assim, não sintamos que as atenções estão voltadas para nós? 
As ideias de outras pessoas não lhe farão bem, exceto se você estiver preparada para se colocar em posição de prioridade, mesmo que durante apenas alguns minutos por dia.
Se você estiver decidida a se tornar uma pessoa mais serena, seja sua própria chefe e tome a decisão de viver de forma mais tranquila.
A vida que você leva é o resultado cumulativo das decisões tomadas e que está constantemente tomando. Isso não quer dizer que o mundo externo não influencie em nada - obviamente, ele influencia. Porem, é importante lembrar: você é quem comanda o show e, por isso, não deve ceder e sentir-se impotente para realizar mudanças em sua vida. Embora seja possível ter um limite controlado sobre aquilo que faz, é possível exercitar o controle pleno daquilo que sente e da forma como reage a essas limitações.

ENCARAR UMA TAREFA DESAGRADÁVEL COM PENSAMENTO POSITIVO LHE TRAZ DE VOLTA O CONTROLE DE SUA VIDA.

É muito fácil perder de vista o fato de que sempre temos controle daquilo que sentimos e, portanto, podemos nos manter serenas se assim escolhermos. A sociedade é organizada de uma forma bastante complexa e um dos efeitos colaterais dessa organização é que ela nos faz sentir muito pequenas e insignificantes. Se quisermos comprar uma casa, a maioria de nós tem de conseguir um financiamento. Para conseguirmos um financiamento, precisamos ter emprego estável... Para conquistar o parceiro desejado, você  precisa ser atraente - seja em sua aparência, ou em seu comportamento; se desejar manter seu parceiro, você precisa continuar atraente - e não vamos  nem falar nas demandas de quando se tem filhos (se quiser te-los). Em resumo, logo pode parecer que o mundo todo tem um interesse velado em sua vida. Você pode se sentir presa e controlada pelas restrições sociais. No entanto, lembre-se sempre de que isso é autodestrutivo. Lembre-se de que você tem, sim, o controle e liberdade para tomar suas próprias decisões.
A verdadeira revolução ocorre quando você se dá conta de que as restrições sociais são concepções construídas por você e pelas quais é responsável. Você decidiu que queria essa casa, esse emprego e escolheu seu parceiro. Até mesmo sua mãe irritante esta na sua vida porque você permite que ela esteja lá. Portanto, se estiver se sentindo infeliz e em conflito com algum aspecto se sua vida, é possível mudar isso por si só. Sinta esse poder. Depois de ler essas ideias, acredite que tem o poder de segui-las e sacudir o mundo. Você é a atriz principal dessa historia. E se deseja alcançar a serenidade, é capaz de cria-la.


Assumir a responsabilidade por sua própria vida pode ser o passo mais difícil na busca pela paz interior.
Porém, quanto mais cedo você vestir sua armadura mais brilhante melhor.




QUIZ: QUEM ESTÁ NO CONTROLE DA SUA VIDA?

Assinale a resposta que melhor se aplica a você.

Se quero que um trabalho seja bem feito, faço eu mesma.

( ) Concordo
( ) Não estou certa
( ) Discordo

Sinto-me bem passando a maior parte do tempo sozinha.

( ) Concordo
( ) Não estou certa
( ) Discordo

Na vida, crio minha própria sorte.


( ) Concordo
( ) Não estou certa
( ) Discordo

Se defino um objetivo, sei que vou conquistá-lo.


( ) Concordo
( ) Não estou certa
( ) Discordo

Se alguém tenta me manipular, meu reflexo é fazer o contrário.


( ) Concordo
( ) Não estou certa
( ) Discordo

Não presto muita atenção a elogios e a insultos.


( ) Concordo
( ) Não estou certa
( ) Discordo

Raramente gasto meu tempo trabalhando em função da necessidade de outras pessoas.


( ) Concordo
( ) Não estou certa
( ) Discordo


Marque 2 pontos para cada "Concordo", 1 ponto para cada "Não estou certa" e 0 para cada "Discordo".


Se marcou 8 pontos ou mais: Você sente que está totalmente no controle de sua vida e agora decidiu procurar um pouco de serenidade. É provável que não tenha nenhum problema para fazer as mudanças necessárias.

Se marcou entre 5 e 7 pontos: Você se sente moderadamente no controle, mas deve se proteger para que outras pessoas não dominem seu tempo.

Se marcou 4 ou menos pontos: Você se sente impotente com bastante frequência. Considere dizer "não" mais vezes e pensar mais em si.










 - Atitudes Vencedoras - Coleção Mulher Moderna - Universo dos livros




segunda-feira, 21 de maio de 2012

SER CARIOCA É...


 Começar alguma conversa com o usual "olha só..." Ser marrento porque pode ser... afinal, olhe só onde a gente mora! Dar inveja nos "não cariocas" pelo simples fato de sermos cariocas... Indignar-se com a inveja dos "não cariocas" com o habitual "faaala sério" Tratar tanto homens quanto mulheres de "cara" sem que isso seja considerado afronta... É comer pizza com catchup sim, e daí?!?! Ter certeza de que esta é a cidade mais linda do mundo, Falar com o "R" arrastado e com o "S" com som de "X" e exagerar ainda mais quando está perto de paulistas; Saber que as maiores torcidas do mundo estão aqui! Saber que o maior estádio do mundo é o Maracanã; Saber que a maior floresta urbana do mundo é a Floresta da Tijuca; Saber que a maior favela do mundo é a Rocinha; Entender porque a maioria dos estrangeiros acham que o Rio de Janeiro é a capital do Brasil; Aplaudir o pôr-do-sol no posto 9; Beber no AM/PM antes da night Comer no Cervantes depois da night; Parar no meio da night estrategicamente no Bar do Osvaldo e depois...... (quem conhece sabe... quem nunca foi vai continuar na curiosidade) Chegar na boate à uma da manhã; Ver o nascer do sol na praia depois da night; Ficar feliz com o horário de verão começa, porque isso significa uma hora a mais na praia; Agir com naturalidade ao encontrar artistas globais na rua; Buzinar assim que o sinal abre; Tomar mate sempre que estiver com sede; Torcer para alguma escola de samba, mas viajar no carnaval por que a cidade fica cheia de paulistas; Sair no bloco do Suvaco e no Simpatia é quase amor; Sair da Faculdade na segunda-feira e passar no Baixo-Gávea pra tomar uma gelada. Ir à praia sempre no mesmo lugar; Acampar na Ilha Grande pelo menos uma vez na vida; Odiar os argentinos que vão para Búzios nas férias e tratam as brasileiras como lixo; Passar horas na academia, nem que seja fazendo social; Ter amigos no condomínio onde mora; Ter amigos na academia onde malha; Fazer amigos na praia; Ir ao shopping fazer compras e não fazer social, porque isso é coisa, de paulista; Saber que as obras do "Rio Cidade" foram desnecessárias, mas até que ficaram bonitinhas; Odiar a atual situação das praias da Zona Sul; Estar sempre perto de uma favela; Morrer de rir ao ver paulistas dançando funk na televisão, como se esta fosse a última moda; Usar os engarrafamentos para comprar biscoito Globo e apreciar a paisagem; MAS PRINCIPALMENTE... Amar e respeitar muito esta cidade porque, mesmo com todos os seus problemas, ela é a CIDADE MARAVILHOSA!!!!!!

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